Este é o
testemunho de Laudícia Holanda sobre a forma como o Reiki entrou na sua
vida e a levou a alterar os planos que tinha traçado para si própria. Depois de
se reformar como professora universitária direcionou-se para o Reiki e, como
resultado, acabou por voltar à vida académica e ainda escreveu o livro de
memórias para o qual não conseguia reunir inspiração há tempo. Mais um
relato bonito e intenso.
“A
minha história com o Reiki começou de forma um pouco misteriosa. Eu estava
reformada há pouco tempo como professora universitária e procurava alguma
atividade que não tivesse vínculos com a vida académica, da qual estava
cansada. Nessa altura já nem lembrava que havia recebido uma sessão de Reiki
(algo então desconhecido para mim), uns três anos antes, durante um violento stress por que passei. No entanto, hoje me
dou conta de que os efeitos do Reiki ficaram impressos na minha alma, no meu
sentimento, latentes, esperando o momento de florescer.
Uma
noite, antes de dormir, concentrei o meu pensamento em Deus, e pedi inspiração
para identificar a alternativa de vida que me direcionasse ao campo da
espiritualidade, da solidariedade, ao mesmo tempo distanciando-me das tensões
emocionais com que convivera profissionalmente, até então. Eu estava reformada,
mas não queria ficar inativa.
Ao
acordar pela manhã, veio-me à mente uma palavra inusitada: Reiki. Senti uma
alegria imensa ao identificar a palavra, embora desconhecida. Ao mesmo tempo em
que não compreendia o que significava, sentia a necessidade de descobrir. Sem
razão aparente, entrei no quarto em que vivera uma amiga, a qual viajara na
véspera para um mestrado em Espanha. Sobre a escrivaninha ela havia deixado uma
brochura azul clara, com a palavra REIKI no alto da capa. Fiquei espantada.
Peguei-a e levei comigo. Deitei-me e comecei a ler. Li e reli inúmeras vezes
até perceber que havia feito a grande descoberta. Senti que o Reiki era o
caminho que estava procurando. Tempos depois soube que a minha amiga fizera a
sua iniciação antes da viagem, mas nada comentou.
O
passo seguinte foi pensar e pensar por onde começar a busca, a partir de onde
estava. Aprendera o conteúdo básico da brochura. O que é Reiki, como funciona,
e pouco mais. Tive um impulso de telefonar a uma amiga cardiologista e indagar
dela se, por acaso, sabia o que é Reiki. Sua resposta foi pronta e percebi mais
uma peça do quebra-cabeça que se encaixava. Indicou-me uma amiga comum (fizemos
juntas a formação em Serviço Social), a quem vira aplicar Reiki num paciente
daquele hospital onde ambas trabalham, aliviando-lhe as dores de um
pós-operatório traumático. Contou-me que os médicos ficaram espantados com a
cena que presenciaram, dela chegar, pôr as mãos sobre os pés e o rapaz começar
a acalmar-se… Quando mais tarde ela me relatou esse fato, disse que tocou os
pés, porque todo o corpo do rapaz estava cercado por médicos e enfermeiras
aflitos, sem conseguirem atenuar o seu sofrimento, em vias de levarem-no de
volta à sala de cirurgia.
Bem,
o passo seguinte foi marcar um encontro para conhecer a Mestra Lúcia de Fátima
Pinheiro, que a iniciara, agendar um seminário e iniciar, em 13 de julho de
2001, a minha formação como reikiana. Dois meses depois, numa emergência,
apliquei Reiki na minha irmã e fiquei surpresa quando ela começou a descrever
as cores que via durante a sessão, identificando cada chacra. Depois disso ela
também fez a sua formação. Ela foi a primeira pessoa em quem apliquei Reiki,
ainda no nível I.
O
grande salto que posso atribuir ao Reiki foi a mudança operada em mim, em
diversos aspectos. Um exemplo disso foi a produção de um livro de memórias que
há muito desejava escrever, mas faltava-me a inspiração necessária. Era um
antigo sonho acalentado que veio à tona, quase por conta própria, após a minha
iniciação. Foi como se as comportas da memória se abrissem e as coisas ali
guardadas surgissem num turbilhão. Eu mesma estava admirada do processo. O
Reiki liberou esse fluxo, além de mudar a minha perspectiva de vida. Mudou a
minha postura profissional e até voltei à vida acadêmica por mais 10 anos, com
uma nova energia, um novo ânimo e uma atitude diferente da que tinha antes. Com
o Reiki como suporte pude enfrentar com mais segurança as situações emocionais
comuns aos grupos com interesses e opiniões divergentes, inevitáveis nos meios
universitários, pela amplitude de áreas, pelos diferentes perfis, valores e
princípios díspares.
Aquele
momento em que cuidei da minha irmã, e que ela teve uma percepção intensa de
coisas que não conhecia como, por exemplo, as cores dos chacras que ela
visualizou, foi uma confirmação de que eu encontrara um caminho. Avancei nos
meus estudos, com muito interesse em aprender sempre mais. Concentrei-me
bastante para poder avançar nos níveis, estudando e praticando. Fiz o Mestrado,
produzi o meu primeiro manual de Reiki e passei a fazer alguns seminários de
iniciação. Até ao presente continuo estudando, com imenso respeito por essa
maravilhosa dádiva divina. A minha formação é na linhagem: Usui/Tibetano/The
Way of The Heart.”
Laudícia
Holanda
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