O equilíbrio emocional é um desafio diário
para quem tem um olhar atento em si mesmo. É como se estivéssemos num mar que
por vezes é tranquilo e muitas vezes fustigante.
“O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado.
Cuidar é mais que um ato; é uma atitude.
Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização
e de envolvimento afectivo com o outro.” - Leonardo Boff
Cuidar é mais que um ato; é uma atitude.
Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização
e de envolvimento afectivo com o outro.” - Leonardo Boff
Muitos
praticantes de Reiki encontram nesta prática as ferramentas para o
desenvolvimento da atitude de cuidado e assim, criam o espaço e tempo
necessários a compreenderem o que causa o seu desequilíbrio emocional e de que
forma o podem restabelecer. Praticam Reiki em si e nos outros, sentem-se
realizados.
Outros,
procuram a pílula milagrosa – irão falhar nesse intento.
Outros,
encontram na capacidade de dar equilíbrio aos outros o mote para se esquecerem
dos seus problemas e desequilíbrios. Apenas estão a adiar o inevitável e
possivelmente a piorar a sua condição. Sendo este último caso algo de bastante
importante na prática de Reiki, desenvolverei um pouco mais o assunto.
Cuidar do outro sem cuidar de mim, a receita para o fracasso
Desprezar
a necessidade de equilíbrio emocional para lidar com o dia-a-dia pode levar ao
esgotamento do próprio e mesmo ao esgotamento daqueles que o rodeiam. Se cada
um de nós aceitasse a responsabilidade pelo seu próprio equilíbrio, criaríamos
um ecosistema humano mais saudável.
O método de Reiki permite aprender a cuidar
do outros. Muitas pessoas têm esse impulso, o que é um acto humano muito
bonito. Doar. Dar ao próximo incondicionalmente. Por isso se diz que Reiki é
uma prática de amor incondicional. É preciso estar-se predisposto para doar. O
Mestre Usui, dizia que com a prática dos cinco princípios e do auto-tratamento,
atingiríamos o Satori, a iluminação e o Anshin Ritsumei, a
plena paz e felicidade.
Naturalmente,
nos dias que correm, de tantas solicitações exigências, o equilíbrio é mais
periclitante e assim, mais necessário. O praticante de Reiki não é um Ser
Perfeito, é alguém que caminha para a sua paz e felicidade, para o seu
equilíbrio emocional, mental, espiritual e físico.
Como
não existem pessoas perfeitas, alguém que faça Reiki a outro, possivelmente não
estará no seu total estado de equilíbrio emocional mas, deve estar no ponto de
equilíbrio suficiente para se desapegar, desenvolver a sua prática
correctamente e verificar que a mesma não levou ao seu desequilíbrio.
Por
isso, o praticante, o terapeuta, deve sempre realizar o seu auto-tratamento.
Sem esta consciência, esta atitude de cuidado, é melhor não praticar nos
outros.
Porque não praticar nos outros quando não estamos
equilibrados emocionalmente?
O
Reiki flui quando é necessário. É uma energia sem polaridade, passiva. Reiki é
uma energia vital, nunca trará aspectos negativos. Ao passar pelo praticante,
um pouco dessa energia permanece com ele. É por isso que quando a prática é bem
realizada, o praticante nunca se sente cansado. Reiki é mesmo excepcional!
Por
isso, nunca está em causa a passagem de Reiki. A questão está é do lado de quem
a está a passar. O praticante ou terapeuta, caso tenha questões emocionais e
não tenha a atenção do seu auto-cuidado, irá ver os seus canais energéticos
debilitados e mais estreitos. A sua aura não estará fortalecida e o contacto
com a aura do seu utente/paciente, poderá levar a restimulações, efeitos espelho
da sua própria condição. Assim, o utente/paciente irá satisfeito com a sua
sessão mas, o praticante, irá encontrar as consequências do seu descuido.
Se
realmente queremos ajudar o próximo e praticarmos a bondade, devemos em
primeiro lugar direccionar essa força para nós.
O treino para o equilíbrio emocional
“A realidade existe onde a nossa mente se focar”
Para
conhecermos o nosso equilíbrio temos que reservar tempo para nós mesmos. Esse é
o primeiro passo.
O
segundo passo é a prática constante do auto-tratamento, identificando a origem
das questões.
O
terceiro passo é procurar um colega, para receber tratamento. A perspectiva de
terceiros apenas nos enriquece.
Constantemente
devemos procurar praticar os cinco princípios, são eles que nos levam à
mudança.
Cinco princípios para o equilíbrio emocional
Só por hoje, sou calmo
“Faço
o auto-tratamento, cuido de mim, gosto de mim, crio um lago de serenidade no
meu interior e esvazio-me de todos os preconceitos. Antes de escutar ou cuidar
do outro, sei que devo estar oco como um bambu”
Só por hoje, confio
“Acredito
em mim mesmo e nas minhas capacidades. Confio no universo e sinto o fluir da
energia. Sei que o meu caminho o faço para atingir a felicidade. Não me vou preocupar
pois confio em mim.”
Só por hoje, sou grato
“Agradeço
por todas as situações, incluindo o meu desequilíbrio emocional. Sei que tudo o
que possa considerar mau, será bom para o meu crescimento. Irá permitir-me
parar e crescer mais. Serei mais feliz.”
Só por hoje, trabalho
honestamente
“Sou
verdadeiro comigo mesmo. Sou verdadeiro com os outros. Aceito parar quando
devo. Aceito continuar quando devo. Compreendo o equilíbrio de todas as
coisas.”
Só por hoje, sou bondoso
“Sou
bondoso comigo mesmo, por isso trato-me. Sei que com este trabalho irei mudar
por mim.”
10 – A Onda
Num momento tempestuosa
No outro, calma
A onda do oceano
É na verdade
Tal qual a existência humana
Imperador Meiji
Num momento tempestuosa
No outro, calma
A onda do oceano
É na verdade
Tal qual a existência humana
Imperador Meiji
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