Reiki deriva de duas palavras japonesas (“rei” e “ki”) que significam
“energia vital universal”. É uma terapia de cura natural que permite a captação
e posterior transmissão da energia universal apenas com as mãos – esta energia
é depois utilizada para limpar e desintoxicar o corpo, equilibrar os chakras,
promover o crescimento espiritual, a criatividade e aumentar o nosso poder de
observação interior e exterior.
A história do Reiki
Uma prática budista que existe há mais de 2,500 anos, reza a história
que, durante meados do século XIX, um professor de religião japonês, Dr. Mikao
Usui, fascinado com a ideia que Jesus Cristo terá curado muitos fiéis com as
suas próprias mãos, dedicou-se ao desenvolvimento desta prática milenar.
Durante o seu período de pesquisa e de estudo, o Dr. Mikao Usui terá vivido uma
experiência espiritual muito intensa no topo do Monte Kurama – tocado por uma
forte luz, tornou-se completamente ciente da sua própria energia e daquela do
universo e, a partir de então, foi possível curar os outros apenas com recurso
às suas mãos. O resto dos seus dias foram passados a ajudar os mais pobres e
doentes, curando-os e ganhando uma reputação cada vez maior. Mas também se
propôs ensinar os seus conhecimentos, nomeadamente ao seu amigo próximo, Dr.
Chujiru Hayashi que, por sua vez, formou, em 1938, uma japonesa americana. E
foi precisamente Hawayo Takata quem difundiu a terapia Reiki no mundo
ocidental, organizando sucessivas acções de formação. Quando faleceu em 1980,
tinha treinado pessoalmente mais de duas dezenas de terapeutas, um dos quais a
sua neta, Phyllis Lei Furumoto, que deu continuidade ao seu legado.
Filosofia Reiki
Como em outras terapias alternativas, também o Reiki se baseia no curso
de energia que cada pessoa tem no seu corpo (“ki”) e à sua volta, sendo que, se
este for bloqueado ou enfraquecido, pode originar problemas físicos, mentais ou
psicológicos. Utilizando como ponto de referência os “chakras” (existem 7
principais), um terapeuta Reiki coloca as suas mãos sobre essas zonas do corpo
para aumentar os níveis de “ki”, para “limpar” as passagens ou caminhos que
permitem o seu fluxo normal e para reduzir as energias negativas. Os Mestres de
Reiki com formação muito avançada conseguem administrar esta terapia a si
próprios e até enviar energias de cura através de longas distâncias.
Acredita-se ainda que o Reiki pode purificar qualquer ser vivo, desde os
humanos, passando pelos animais e as plantas. O Reiki é também uma forma
saudável de estar na vida, graças a princípios tão simples como:
·
“Kyo dake wa” – “Só por hoje”
·
“Okoru-na” – “Não te irrites”
·
“Shinpai suna” – “Não te preocupes”
·
“Kansha shite” – “Sê grato”
·
“Gyo-o hage me” – “Trabalha
arduamente”
·
“Hito ni shinsetsu ni” – “Sê bondoso
para os outros”
Ter tempo para si, para poder “parar e cheirar as flores”, como se
costuma dizer!
O segredo do Ki
Quem acredita na existência de “ki”, acredita que: a sua origem é
completamente espiritual, compõe e move-se em todos os seres vivos, é positiva,
existe em quantidades ilimitadas, é fundamental no que toca à saúde, está
presente tanto no interior como no exterior do corpo, flui dentro do organismo
graças a passagens específicas e esse fluxo pode ser interrompido com
sentimentos ou pensamentos negativos.
Os 7 Chakras
Segundo a filosofia Hindu e de Ioga, a palavra “chakra” significa “roda
de luz” e existem sete principais centros de energia ou “chakras” no corpo.
Localizados ao longo da coluna, ao trabalhar os “chakras” é possível unir e
trazer equilíbrio para os diferentes aspectos (físicos, sexuais, materiais,
espirituais…) das nossas vidas. Os “chakras” localizados na zona da cabeça e da
garganta são governados pela razão, enquanto aqueles situados na parte frontal
do corpo são governados pela emoção. O desejo é o que governa os chakras
localizados na parte de trás do corpo.
1. Chakra da Raiz ou Básico: Rins,
bexiga e espinal-medula.
2. Chakra do Sacro ou Sexual: Órgãos
sexuais, útero, ovários, próstata.
3. Chakra do Plexo Solar: Baço,
fígado, estômago, vesícula biliar (sistema digestivo).
4. Chakra do Coração ou Cardíaco: Coração,
pulmões, fígado e sistema circulatório.
5. Chakra da Garganta ou Laríngeo: Garganta e
pulmões.
6. Chakra do Terceiro Olho ou Frontal: Sistema nervoso autónomo/hipotálamo.
7. Chakra da Coroa ou Coronal: Cérebro
superior e olho direito.
O Reiki ao serviço da saúde
O Reiki é procurado por homens e mulheres de todas as idades, sendo
especialmente indicado para o tratamento de stress, depressão, ansiedade,
insónia, para diminuir o ritmo cardíaco e a pressão arterial, melhorar o
sistema imunitário (para que funcione correctamente), aliviar dores (incluindo
as crónicas) e tensão muscular, facilitar a recuperação (de lesões desportivas,
cirurgias, efeitos da anestesia…), e a redução de efeitos secundários
provenientes de tratamentos de quimoterapia e radioterapia. A prática do Reiki
atribui ainda sensações de bem-estar físico e espiritual, claridade mental
(isto porque estimula a libertação de endorfinas) e diz-se que confere um
sentimento de paz e tranquilidade às pessoas moribundas. Claro que é sempre
importante discutir o recurso a esta terapia com o seu médico de clínica geral,
sendo que o Reiki não cura, por si só, nenhuma doença, sendo mais eficaz no
tratamento de problemas agudos do que crónicos. Existem clínicas especializadas
com terapeutas credenciados na arte do Reiki, mas também é comum muitos
médicos, enfermeiros, psicólogos e outros profissionais de saúde terem
conhecimentos profundos sobre esta terapia que os auxilia no seu trabalho
diário.
Da teoria para a prática
Numa sessão de Reiki, que pode prolongar-se durante 60 a 90 minutos, a
pessoa não precisa de retirar o vestuário e senta-se ou deita-se
confortavelmente. O terapeuta coloca, de forma calma e concentrada, as suas
mãos sobre o corpo com o intuito de transmitir “ki” – às vezes nem é preciso
tocar, basta posicioná-las alguns centímetros por cima do corpo – e são
efectuadas cerca de 12 a 15 posições distintas. Estas posições implicam que as
palmas das mãos estejam voltadas para baixo e os dedos esticados; e podem durar
entre 2 e 5 minutos, ou seja, até o terapeuta sentir que o fluxo de energia
tenha abrandado ou parado. Alguns terapeutas afirmam que são auxiliados por
guias espirituais, enquanto outros contam com a sua longa experiência e
intuição para determinar quais as áreas do corpo que necessitam de mais
energia. O terapeuta começa na zona da cabeça, percorrendo até 20 zonas
distintas do corpo até chegar aos pés, sendo normal a pessoa voltar-se de
barriga para baixo no decorrer da sessão. Diz-se que a transmissão de energias
é tão intensa que até o próprio terapeuta pode sentir formigueiro, pulsação,
frio ou calor nas mãos ao efectuar o tratamento. São aconselhadas três ou
quatro sessões num espaço de tempo relativamente curto. O preço de uma sessão
de Reiki pode variar entre €20 e €50, dependendo do local onde for
realizada.
Efeitos imediatos
No final de uma sessão de Reiki a pessoa sente-se completamente
relaxada, renovada e pode mesmo sentir o alívio dos sintomas que a levaram a
procurar esta terapia. Não existem efeitos secundários, porém, algumas pessoas
podem sentir aquilo a que os terapeutas chamam de “crise de purificação” – a
descoberta e libertação de emoções suprimidas pode manifestar-se através de
dores de cabeça ou de estômago, cansaço, fraqueza, frio ou calor – estas são as
formas encontradas pelo corpo para eliminar as toxinas prejudiciais. O descanso
e o consumo de muita água é o suficiente para aliviar estes efeitos secundários
totalmente passageiros.
Aprender Reiki
Hoje em dia existem várias escolas que oferecem cursos de Reiki, sendo
que qualquer pessoa pode frequentá-los. Existem três níveis a percorrer,
começando pela “iniciação” e terminando com a “attunement”, que é a
transferência da “energia Reiki” e das suas capacidades propriamente ditas, do
mestre para o aluno.
http://bemtratar.com/artigos/reiki-forca-maior
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