Muitos praticantes de Reiki iniciam o caminho para poder cuidar do
outro, para tratar um familiar, um amigo, para se colocarem ao
serviço. Ao longo do tempo apercebem-se que, afinal, o Reiki pede que se tratem
deles mesmos em primeiro lugar e que além do tratamento, precisam ainda da sua
própria transformação interior – da mudança de padrões.
Ao deixarmos a energia fluir para dentro de nós, sentimos algo invulgar
mas próximo. Um conforto e ao mesmo tempo uma sabedoria interior que ressoa com
o universo. Sentimos a gratidão pelos princípios e pela energia e isso muda e aumenta a nossa
autoconsciência.
Na autoconsciência quem sou
eu…?
Um homem perturbado aproximou-se do
mestre zen.
“Por favor, Mestre, sinto-me perdido, desesperado. Eu não sei quem eu sou.
Por favor, mostre-me o meu verdadeiro eu! “
Mas o mestre apenas desviou o olhar sem responder.
O homem começou a suplicar e implorar, mas ainda assim o mestre não deu nenhuma resposta.
Finalmente, dando-se em frustração, o homem virou-se para sair.
Naquele momento, o mestre o chamou pelo nome.
“Sim!” o homem disse que ele girou de volta.
“Aí está!” exclamou o mestre.
“Por favor, Mestre, sinto-me perdido, desesperado. Eu não sei quem eu sou.
Por favor, mostre-me o meu verdadeiro eu! “
Mas o mestre apenas desviou o olhar sem responder.
O homem começou a suplicar e implorar, mas ainda assim o mestre não deu nenhuma resposta.
Finalmente, dando-se em frustração, o homem virou-se para sair.
Naquele momento, o mestre o chamou pelo nome.
“Sim!” o homem disse que ele girou de volta.
“Aí está!” exclamou o mestre.
Este conto zen explica de forma muito simples como por vezes a nossa
mente, ou mesmo o ego, tanto procura saber quem “eu sou”, esquecendo-se de quem
já é. Complicamos, isso sim.
Na prática dos cinco princípios, tão simples e directos, encontramos a
orientação, o silêncio, a resposta para “quem sou eu?”. Isto porque leva-nos no
caminho do satori, da
iluminação, como dizia o Mestre Usui.
Encontro-me no silêncio dos meus pensamentos, na ausência do meu ego.
Nesse todo, vazio, sei que sou. Aqui se assume a autoconsciência.
Sair de mim para o outro e voltar do
outro para mim
Já no caminho da autoconsciência, vislumbrando quem eu sou, consigo sair
de mim e ir para o outro. Assim como consigo voltar do outro para mim, seguro
que não perco a minha identidade. No poema “o espelho”, o Imperador Meiji
leva-nos a reflectir nesta transacção.
125 – O Espelho
Devo polir o meu eu
Mais e mais
Para usar o claro
E brilhante coração dos outros
Como um espelho
Devo polir o meu eu
Mais e mais
Para usar o claro
E brilhante coração dos outros
Como um espelho
O espelho sou eu, o meu coração, ele espelhará mais brilhantemente o
coração dos outros quando está limpo, iluminado. Tal acontece quando me conheço
e me predisponho. Só por hoje, confio, que todos os dias polirei mais o meu eu,
aceitando as adversidades internas e externas. É esse o Tao do Reiki, o caminho
que nos leva ao satori.
Toda a prática de
Reiki, independentemente de sistemas ou Mestres, leva-nos a apreciar,
vislumbrar esse caminho. Resta a cada um de nós decidir o que vai fazer perante
o convite à felicidade.
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