A palestra “Cuidados Integrativos, o que eles podem fazer por
você?” será tema do I Fórum de Debates para a Comunidade em Geral
Uma prática já utilizada informalmente nos hospitais há décadas vem sendo introduzida, de dez anos para cá, como um serviço oficial dentro de diversas instituições de saúde no Brasil. Praticadas com mais qualidade e rigor, elas têm ajudado pacientes e familiares a enfrentar as dificuldades do tratamento do câncer. Os cuidados integrativos contribuem com o tratamento médico convencional, sem substituí-lo. “Na perspectiva de um tratamento integrativo, olhamos a pessoa como um todo, o paciente é tratado da forma mais global possível. Independente do tipo de câncer que ele tenha, ele precisa ser cuidado em todas as suas dimensões - física, emocional, social, mental e mesmo espiritual”, destaca Plínio Cutait, Mestre de Reiki e Coordenador do Núcleo de
Cuidados Integrativos do Hospital Sírio Libanês, palestrante do evento.
Os métodos mais indicados e mais utilizados são aqueles considerados de baixo risco, como acupuntura, técnicas de relaxamento, técnicas corporais (massoterapia), Reiki, musicoterapia e, Yoga, entre outros. Práticas ligadas à orientação nutricional, como suplementos, dietas e vitaminas, devem ser introduzidas com grande critério e experiência do profissional, por não serem consideradas de baixo risco. Nem tudo que é natural é seguro e alguns produtos podem mesmo interferir de forma negativa em alguns casos no tratamento quimioterápico do câncer.
Há inúmeras pesquisas sobre a segurança e a eficácia das chamadas práticas mente-corpo no suporte do paciente com câncer. Segundo Cutait, a mente afeta o corpo e o corpo afeta a mente. Essa reciprocidade abre um campo de trabalho importante para a recuperação do paciente, convocando-o a participar de forma mais ativa de seu processo. O bem estar mental e o espiritual se confundem. Como, afinal, estar bem espiritualmente quando a mente está confusa, tensa, sob estresse? Plínio Cutait afirma que os pacientes são os que mais requisitam e apreciam esses cuidados.
“As pesquisas mostram que mais da metade dos pacientes oncológicos fazem uso de tratamentos integrativos junto com o tratamento médico. E muitas vezes, informalmente, sem que o médico saiba”, ressalta. Ele resalta a necessidade de se oferecer esses cuidados para os familiares, também. “Eles precisam e merecem - por passar o desafio de acompanhar um familiar querido em um tratamento como esse - e porque o cuidado com eles acaba revertendo para o próprio paciente, que muitas vezes está angustiado por estar causando preocupação, trabalho, despesas e receio a seus familiares”. Quando paciente e familiares estão dispostos a aprender uma prática de a uto cuidado juntos, como Yoga, meditação, Reiki, Tai Chi Chuan, o benefício pode ser revertido para todos.
http://www.pautas.incorporativa.com.br/a-mostra-release.php?id=16353
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